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16 de abr. de 2009

Guardas municipais ficam sem trabalhar por falta de farda

Que absurdo, hein João Henrique!!No combate à criminalidade, e os policiais sem farda!! Pelo menos 300 guardas municipais de Salvador estão ... thumbnail 1 summary


Que absurdo, hein João Henrique!!No combate à criminalidade, e os policiais sem farda!! Pelo menos 300 guardas municipais de Salvador estão impedidos de sair às ruas por falta de fardamento, admite a prefeitura. Eles recebem os vencimentos mensais, mas não prestam qualquer serviço à população soteropolitana. O número pode ser ainda maior, já que a estimativa da cúpula da instituição é que os “sem farda” cheguem a 350 pessoas.Em vez do trabalho de patrulhamento de vias e do patrimônio público da cidade, esses servidores públicos vêm cumprindo o expediente na sede da corporação, localizada na Avenida San Martin. O contingente dos “sem farda” atinge, no mínimo, 21,2% do efetivo da instituição, que é ligada à Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp).A rotina desses guardas é marcada, segundo vários deles, pelo sedentarismo. Após assinar a lista de presença assim que chegam, eles se reúnem nos bancos da sede. Para cumprir o horário de seis horas, os servidores, à paisana, batem papo e recorrem a passatempos, a exemplo do dominó e do baralho. Praticamente assistem ao trabalho dos colegas que possuem uniforme. “É como se eu estivesse numa prisão. Não posso sair daqui durante metade do dia. Parece que vivo sob o regime de prisão semiaberto ao contrário, porque eu acabo dormindo em casa”, diz um dos guardas, de 43 anos de idade, que não quis divulgar o nome.O Comando de operações da Guarda Municipal, coronel Cristovam Pinheiro, por sua vez, nega que os “sem farda” não desenvolvam atividades. “Nós promovemos cursos de capacitação para este grupo que serão úteis para o trabalho deles quando estiverem em campo”, diz o coronel. Ele assegura que tem distribuído parte dos guardas que ainda não possuem farda para trabalhar em unidades assistenciais da prefeitura, onde é até recomendado que o guarda não utilize o fardamento por questões de segurança.SIGILO – Dentre os guardas que não possuem farda, o medo de sofrer represálias é generalizado. Eles só aceitaram comentar a insólita situação em que vivem com a condição de anonimato. “Meus vizinhos e parentes já me perguntaram várias vezes pela minha farda”, diz um deles.Outro guarda, formado em educação física, espera pelo fardamento desde o dia 19 de setembro. Nessa data, formou-se no curso de capacitação, que tem a duração de um mês e foi realizado pelas Faculdades Olga Mettig, no bairro de Nazaré. Teve aulas sobre direitos humanos e segurança urbana, mas não pode colocar em prática o que aprendeu. “Nas poucas vezes em que fui designado para um posto me mandaram usar calça jeans, camisa branca e tênis”, revela.Os “sem farda” não são estimulados à prática de exercícios físicos para manter a forma. Não há academia de ginástica nem quadra de esportes na sede (antiga central da Limpurb), que necessita de uma reforma. Eles nem podem sair do local em qualquer hipótese, sob pena de perder “o dia de trabalho”.ATRASO – O coronel Cristovam Pinheiro reconhece que a ausência de fardamento atrapalha o “empenho operacional” da corporação. “A abrangência da atuação na cidade fica completamente prejudicada”, avalia o coronel. Ele diz ter se reunido com representantes da empresa fornecedora do material, a Central de Negócios Comércio Ltda.“O representante da empresa me afirmou ter tido dificuldades em obter a matéria-prima com seus fornecedores, e daí o atraso na entrega dos uniformes. Porém eu não posso cobrar diretamente porque não foi a Guarda que realizou a licitação”, explica o coronel.LICITAÇÃO – A Central de Negócios Comércio Ltda. venceu a licitação para fornecer fardamento para a Guarda Municipal. O resultado do concurso foi divulgado em junho no site oficial da Prefeitura de Salvador. A empresa venceu a licitação do lote principal da concorrência realizada pela então Secretaria Municipal de Administração (atual Secretaria Municipal de Planejamento, Tecnologia e Gestão). Entre os itens listados estão 1,4 mil camisas e calças operacionais masculinas, 600 femininas, duas mil camisetas básicas e 2,2 mil cintos. Já a Asserv Empreendimentos Comerciais levou outros dois lotes de itens acessórios.

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